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Dor articular, muscular ou nervosa: como saber de onde vem o problema

Educação em Dor • 7–8 min de leitura

Origem da dor

Uma das dúvidas mais comuns entre quem sofre com dor crônica é entender de onde realmente vem a dor. Nem toda dor que “pega o joelho” vem da articulação — e nem toda dor “nas costas” é apenas muscular. Identificar corretamente a origem do problema é o primeiro passo para um tratamento eficaz e duradouro.

Dor articular: o desgaste silencioso

A dor articular costuma ser profunda, localizada e piorar com o movimento. Em muitos casos, vem acompanhada de rigidez matinal, estalos e inchaço — sinais típicos de inflamação dentro da articulação.

As causas mais comuns incluem:

O diagnóstico é feito por meio de exame físico e exames de imagem, como radiografia e ressonância magnética. O tratamento pode envolver infiltrações, fisioterapia e terapias regenerativas, como PRP (plasma rico em plaquetas), BMA (aspirado de medula óssea) e SVF (fração vascular estromal) — que ajudam a reduzir a inflamação e estimular a regeneração tecidual.

Dor muscular: quando o corpo reage à sobrecarga

A dor muscular tende a ser superficial, difusa e relacionada a esforço físico ou má postura. Ela melhora com o repouso e piora com a movimentação contínua.

Esse tipo de dor geralmente está ligado a:

Embora muitas vezes seja benigna, a dor muscular crônica pode mudar o padrão de movimento e causar sobrecarga em outras articulações, perpetuando o ciclo de dor e limitação funcional.

O tratamento envolve alongamento, fortalecimento muscular, reeducação postural e, em alguns casos, técnicas intervencionistas como liberação miofascial ou bloqueios locais.

Dor nervosa: o sistema elétrico em curto

A dor nervosa (ou neuropática) é diferente das demais. É descrita pelos pacientes como uma dor em queimação, formigamento, choques ou irradiação — podendo se espalhar para braços, pernas ou glúteos.

Ela surge quando há compressão ou irritação das raízes nervosas, como ocorre em:

Essas dores costumam resistir a analgésicos convencionais e respondem melhor a bloqueios seletivos, radiofrequência pulsada e neuromodulação elétrica. O diagnóstico pode incluir ressonância magnética e eletroneuromiografia, que identificam a função e a integridade dos nervos afetados.

Por que é tão importante identificar o tipo de dor

O sucesso do tratamento depende de atingir a causa verdadeira da dor. Uma dor nervosa tratada como articular dificilmente melhora; uma contratura muscular ignorada pode manter o processo inflamatório ativo.

Por isso, é essencial uma avaliação médica detalhada, que combine:

Com o diagnóstico preciso, é possível adotar o tratamento mais adequado — desde fisioterapia e reabilitação até terapias regenerativas e intervencionistas, sempre com foco na recuperação funcional e na melhora da qualidade de vida.

Referências

Woolf CJ. Central Sensitization: Implications for the Diagnosis and Treatment of Pain. Pain. 2011;152(3 Suppl):S2–S15.

Jensen TS, et al. Pain Mechanisms in Musculoskeletal Disorders. Lancet Neurology. 2021;20(9):693–707.

Dieppe PA, et al. Osteoarthritis and Related Disorders. BMJ. 2015;350:h1225.

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